sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Insônia



Já são 4:00 horas da manhã e você está completamente sem sono, as programações da televisão já se esgotaram, você decide deitar mesmo sem sono.

No escuro você lembra de uma notícia qualquer que viu no jornal de manhã, aquela música lenta e meio triste não sai da cabeça, você vira para um lado, seus braços estão juntos demais, você se estica, e aí você fica com frio, se encolhe novamente, vira para o outro lado, encontra a posição perfeita.

Aí lembra daquela série de televisão super legal que você está acompanhando, pensa no personagem "tal", e então pensa que devia recomendar a série pra um amigo que ia adorar, o personagem faz você lembrar de alguém que você não vê a 2 ou 3 anos, aquela pessoa era tão legal... Aí você lembra de uma briga chata que tiveram, seria interessante contatar aquela pessoa... Pensa em um lugar maneiro para levá-la e aí pensa em como esse lugar é divertido,vira na cama.

Percebe que ficar deitado não está adiantado nada e então levanta, vai até a cozinha beber água, abre a janela e vê o mundo clareando, olha para o relógio do microondas e estarrecido constata que já passam das 6:00, se volta novamente à janela, ouve os passarinhos catando do lado de fora, normalmente você nem repara neles... Lembra dos períodos escolares no qual você levanta a essa hora com ódio do mundo e todos nele, que de alguma forma tinham culpa do fato de estar tão frio fora da sua cama, mas não hoje, ironicamente uma brisa fria e maravilhosa sopra livremente.

Alguém com mochila nas costas passa na rua sem saber que uma certa "corujinha" o observa pela janela de uma cozinha qualquer, então você percebe que o mundo está acordando embora você tenha não tenha se quer ido dormir, decide voltar pro quarto.

Se desenrola a mesma batalha para achar a posição perfeita, com temperatura ideal, e finalmente você sente a "mágica" acontecer, você boceja e pensa numa paixão de outrora qualquer, não que você ainda sinta algo... (G.G imagina), e por alguma razão, a música que faz você lembrar da pessoa ressoa, num ritmo constante, dentro da sua cabeça, não que você ainda sinta algo...

Outros pensamentos vêm, mas ele já não são mais conexos e já não fazem sentido....

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Arrependimento


Ás vezes todos nós sentimos vontade de voltar no passado e mudar nossas ações, é difícil seguir em frente e aceitar os erros, muitas vezes eles rodeiam nosso pensamentos sempre que têm oportunidade.

Quando as pessoas dizem que não se arrependem de nada elas estão mentindo, e se não estão são pessoas que não aprendem com seus erros, porque isso é o arrependimento: aprendizado. 

Errar, arrepender-se e aprender, é um processo natural ao qual todos nós estamos suscetíveis, e é bom. É claro que a primeiro momento pode parecer horrível e irremediável, mas se olharmos e vermos o quanto aprendemos com esses erros e quantos novos erros deixamos de cometer pelo aprendizado que recebemos e o conceito que construímos, veremos que sim, é bom. 

Aprender com eles é imprescindível, se não continuaremos errando num círculo vicioso e sem fim, por isso a reflexão racional é tão importante, é preciso ponderar nossas ações para podermos aprender, olhe e reflita seus conceitos, seus atos, suas verdades, para um dia poder olhar o passado e dizer que sim, errou, mas aprendeu e evoluiu.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Saturnália!



Nem sempre o dia 25 de Dezembro foi dia de Natal. A origem da celebração deste dia parece ser muito antiga mas a filiação mais directa provêm, como tantas outras coisas, dos Romanos. Estes celebraram durante muito tempo uma festa dedicada ao deus Saturno que durava cerca de quatro dias. Nesse período ninguém trabalhava, ofereciam-se presentes, visitavam-se os amigos e, inclusivamente, os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, sendo servidos pelos amos. Era também coroado um rei que fazia o papel de Saturno. Esta festa era chamada Saturnália e realizava-se no solstício de Inverno.

Convém lembrar aqui que o solstício de Inverno era uma data muito importante para as economias agrícolas – e os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar os deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o Sol retornasse ressuscitado no início da Primavera. Como Saturno estava relacionado com a agricultura é fácil perceber a associação do culto do deus ao culto solar.

Mas outros cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade. Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).

É somente durante o século IV que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos (até aí a sua principal festa era a Páscoa) mas no dia 6 de Janeiro, com a Epifania. Quando, em 313, Constantino se converte e oficializa o Cristianismo, a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurando confundir diversos cultos pagãos com os seus. Desistindo de competir com a Saturnália, deslocou um pouco a sua festa e absorveu o festejo pagão do nascimento do Sol transformando-o na celebração do nascimento de Cristo. O Papa Gregório XIII fez o resto: é mais fácil mudar o calendário do que mudar a apetência do povo pelas festas...

Fonte: obviousmag 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bule Voador » Escreva por direitos: suas palavras podem salvar vidas (evento 15/12)


Este evento está no Facebook.
Fonte: Anistia Internacional
Tradução: Jeruza Neyeloff
Quando? Quinta-feira, dia 15 de dezembro de 2011, às 20:30hOnde? Santíssimo Bar & Bistrô.
Av. Sarmento Leite, 888. 
Cidade Baixa. Porto Alegre – RS
Suas palavras podem ser a luz que expõe os cantos escuros da câmara de tortura. Elas podem levar energia a um defensor dos direitos humanos cuja vida está em perigo. Elas podem inflamar a esperança em um prisioneiro esquecido.

Jenni Williams
Maratona Escreva por Direitos, da Anistia Internacional, é o maior evento de direitos humanos do mundo. Centenas de milhares de pessoas se unem e, através de cartas, tomam ações para exigir que os direitos humanos dos indivíduos sejam respeitados, protegidos e cumpridos.
“Estou viva hoje, depois de 34 prisões, porque membros da Anistia Internacional lutaram por mim” – Jenni Williams, defensora dos direitos humanos no Zimbábue
Vamos mostrar solidariedade com aqueles que sofrem abusos de direitos humanos, e trabalhar para trazer mudanças positivas na vida das pessoas.
Basta escolher um caso e escrever uma carta: Você pode escrever às vitimas, mandando mensagens de apoio, ou aos responsáveis pela violação dos direitos humanos, denunciando seus atos.
A postagem internacional a partir de Porto Alegre, por exemplo, custa entre R$1,15 e R$1,38, dependendo do país de destino. No dia 15/12 estaremos recebendo cartas prontas, auxiliando na postagem, e também escrevendo novas cartas. Levaremos tudo no correio já no dia seguinte! Apareça, converse conosco, conheça mais pessoas interessadas na defesa dos direitos humanos.

Casos selecionados para o nosso evento*:

*A Anistia Internacional divide casos ao redor do mundo, para assegurar maior equilibrio na quantidade de cartas. Mas, se você quiser, pode escolher outros casos.

JABBAR SAVALAN

Azerbaijão – Ativista preso após comentar no Facebook

O estudante de História Jabbar Savalan está cumprindo uma pena de dois anos e meio de prisão no Azerbaijão em razão de suas atividades pacíficas que divergem do governo, tais como os comentários que ele postou em sua página no Facebook.
Militante do oposicionista Partido da Frente Popular do Azerbaijão, Jabbar Savalan foi preso depois de ter reproduzido no Facebook um artigo com críticas ao presidente azerbaijano Ilham Aliyev. O texto, que mencionava a corrupção e a compulsão por jogo do Presidente, havia sido publicado originalmente em um jornal turco.
No dia 4 de fevereiro de 2011, inspirado pelos protestos no Oriente Médio e no norte da África, Jabbar Savalan utilizou o Facebook para convocar “Um Dia de Revolta” em seu país. No dia seguinte, ele alertou sua família de que estava sendo seguido por homens desconhecidos. Na noite de 5 de fevereiro, Jabbar Savalan foi preso quando voltava para casa depois de um evento partidário em sua cidade natal, Sumgayit. Ele foi abordado e colocado dentro de uma viatura policial, sem nenhuma explicação e sem ser informado de seus direitos. Na época, ele tinha 19 anos.
Jabbar Savalan foi então interrogado por dois dias, sem acesso a um advogado. No dia 7 de fevereiro, quando, finalmente, pôde encontrar-se com seu advogado, ele contou-lhe que os policiais o haviam esbofeteado e ameaçado para que assinasse uma confissão.
A polícia alega ter encontrado 0,74 gramas de marijuana no bolso externo de sua jaqueta. Ele afirma que a droga foi plantada pela polícia. Os exames de sangue que ele realizou em seguida não apontaram nenhum traço de uso de marijuana. Seus amigos, família e colegas afirmaram à Anistia Internacional que ele não fazia uso de drogas.
No dia 4 de maio de 2011, Jabbar Savalan foi condenado por posse ilegal de entorpecente para uso pessoal. Foi- lhe imposta uma pena de dois anos e meio de prisão, que deverá terminar em agosto de 2013. A Anistia Internacional já documentou casos semelhantes em que a polícia teria supostamente encontrado drogas em posse de proeminentes críticos do governo do Azerbaijão, entre eles Eynulla Fatullayev e Sakit Zahidov, que foram sentenciados, respectivamente, a dois anos e meio e a três anos de prisão.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

JEAN-CLAUDE ROGER MBEDE

Camarões – Preso pelo crime de “homossexualidade”

Jean-Claude Roger Mbede, um estudante de 31 anos, está cumprindo uma pena de três anos de prisão em Camarões simplesmente pelo que se acredita ser sua orientação sexual. Ele corre perigo de sofrer ataques e maus-tratos de natureza homofóbica.
No dia 2 de março de 2011, ele foi preso por agentes da Secretaria de Estado para a Defesa quando se encontrava com um conhecido. Antes do encontro, esse indivíduo havia mostrado aos policiais as mensagens de texto que recebera de Jean-Claude, informando-os que os dois iriam se encontrar.
Após sua prisão, Jean-Claude ficou detido sete dias antes de ser formalmente acusado de homossexualidade e de atentado homossexual, com base no artigo 347 bis do Código Penal Camaronês, segundo o qual “Qualquer pessoa que mantenha relações sexuais com pessoa do mesmo sexo deverá ser punida com uma pena de cinco meses a seis anos de prisão e uma multa de 20 mil a 200 mil francos (o equivalente a cerca de 65 a 650 reais). No dia 28 de abril, ele foi condenado e sentenciado a três anos de prisão.
Atualmente, ele está detido na penitenciária central de Kondengui, onde as condições são severas e os internos sofrem com a superlotação, a falta de saneamento e a péssima alimentação.
No dia 3 de maio, ele recorreu da sentença. No entanto, as autoridades judiciais não disponibilizaram uma cópia da decisão do tribunal ao seu advogado. Isso significa que não é possível impetrar recurso pleno e formal contra a condenação ou a sentença. Em Camarões, os julgamentos de recursos costumam demorar muitos anos; consequentemente, a maioria dos prisioneiros termina de cumprir sua pena antes que seu apelo seja julgado.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

INÉS FERNÁNDEZ ORTEGA E VALENTINA ROSENDO CANTÚ

México – Indígenas estupradas por soldados de seu país

Inés Fernández Ortega e Valentina Rosendo Cantú foram estupradas por soldados mexicanos em 2002. Apesar de elas terem denunciado os ataques às autoridade e de terem acompanhado seus casos, nenhuma investigação substancial foi realizada e ninguém foi levado à Justiça.
Inés Fernández foi estuprada no dia 22 de março de 2002, quando três soldados invadiram sua casa no momento em que ela cozinhava para seus filhos. Inés foi atirada no chão e estuprada por um dos soldados enquanto os outros assistiam. Valentina Rosendo, na época com 17 anos, estava lavando roupas na beira de um rio quando os soldados se aproximaram. Ela foi ameaçada e estuprada por dois deles.
Inés Fernández e Valentina Rosendo são duas mulheres indígenas Me’phaa (Tlapaneca). No México, mulheres indígenas que são estupradas raramente prestam queixa, pois enfrentam obstáculos culturais, econômicos e sociais. Inés Fernández e Valentina Rosendo tiveram a coragem de denunciar a experiência dolorosa que sofreram e de acompanhar o andamento de seus casos em tribunais nacionais e internacionais.
Os investigadores militares tentaram desacreditar suas denúncias, colocando sobre as vítimas o ônus da prova. Ao mesmo tempo, seus casos receberam tratamento inadequado das instituições civis. Desde que fizeram a denúncia, as duas mulheres e suas famílias vêm sendo intimidadas. No dia 28 de agosto de 2010, a filha de Inés foi abordada por dois homens que ameaçaram sua família de morte caso não se mudassem da vizinhança.
Em agosto de 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos proferiu duas sentenças contra o México e ordenou a condução de uma investigação exaustiva por parte das autoridades civis, bem como a concessão das devidas reparações às duas mulheres e a realização de uma reforma no sistema de justiça militar.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

MORADORES DE PORT HARCOURT

Nigéria – Despejamento forçado de comunidades

Na Nigéria, desde 2000, mais de dois milhões de pessoas já foram despejadas de suas casas. Outras centenas de milhares continuam em risco de perder suas moradias. Geralmente, os alvos dos despejos são as pessoas marginalizadas e os moradores de favelas, muitos dos quais já viviam há anos sem acesso à água potável, saneamento básico, assistência médica e educação adequadas.
Em alguns casos, as forças de segurança empregaram força excessiva para reprimir quem protestava contra os planos de demolição. No dia 12 de outubro de 2009, 12 manifestantes foram baleados pela polícia na área de Bunto, próximo ao rio, em Port Harcourt, estado de Rivers, quando participavam de uma manifestação pacífica contra a demolição de suas casas.
No dia 28 de agosto de 2009, a demolição do assentamento informal de Njemanze, às margens do rio em Port Harcourt, deixou milhares de homens, mulheres e crianças desabrigados. Os residentes não tiveram nenhum tipo de consulta prévia genuína, e também não receberam qualquer aviso adequado, nem acomodações alternativas ou algum tipo de recurso judicial, embora tais providências sejam requeridas pelas normas internacionais de direitos humanos.
Njemanze é apenas um dos mais de 40 assentamentos localizados à beira do rio em Port Harcourt. Ali, mais de 200 mil pessoas correm o risco de serem despejadas se as autoridades prosseguirem com os planos de demolir todos os demais assentamentos à beira do rio sem antes implementarem as devidas garantias em termos de direitos humanos.
O governo do estado de Rivers alega que tais demolições são necessárias para que um novo programa de renovação urbana possa ser posto em prática. No entanto, o projeto de reordenamento urbano foi planejado sem que as comunidades afetadas fossem consultadas.
De acordo com o direito internacional, a Nigéria deve assegurar a realização do direito à moradia adequada e o Estado deve tanto impedir os despejos forçados quanto abster-se de executá-los. As pessoas que residem nos assentamentos próximos ao rio têm o direito de serem consultadas e de participarem do planejamento de estratégias e programas habitacionais.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.

MULHERES DO ZIMBÁBUE LEVANTEM (WOZA)

Zimbábue – Ativistas sob risco

Desde fevereiro de 2003, integrantes da organização Mulheres do Zimbábue Levantem (WOZA, na sigla em inglês), que atua na defesa dos direitos das mulheres, têm sido presas, repetidamente, sempre que participam de manifestações pacíficas de protesto pela situação social, econômica e de direitos humanos do Zimbábue. Muitas foram presas arbitrariamente e detidas em péssimas condições. Como punição pelo seu ativismo, muitas delas foram submetidas a torturas e outros maus-tratos sob custódia policial, sendo impedidas de ter acesso a tratamento médico, comida e advogados.
No dia 10 de maio de 2011, cerca de 40 integrantes da WOZA foram espancadas pela polícia de choque durante um protesto contra os serviços precários e as contas de luz exorbitantes da Empresa de Transmissão e Distribuição de Eletricidade do Zimbábue (ZETDC). Os espancamentos aconteceram depois que cerca de 2.000 integrantes da WOZA realizaram uma marcha pacífica até a sede da ZETDC a fim de entregar “cartões amarelos” como forma de protesto.
No dia 28 de fevereiro de 2011, sete integrantes da WOZA e de sua organização parceira Homens do Zimbábue Levantem (MOZA) foram presos em Bulawayo. Na Delegacia Central de Polícia, eles teriam sido torturados antes de serem libertados, depois de dois dias, mediante o pagamento de fiança e sob condição de que se apresentassem à polícia duas vezes por semana. Enquanto isso, em 1º de março, 14 ativistas da WOZA foram presas quando participavam de diversos encontros realizados em Bulawayo para discutir questões sociais. Elas foram soltas no mesmo dia sem qualquer acusação.
Em setembro de 2010, 83 ativistas da WOZA e da MOZA foram presas durante uma passeata em comemoração ao Dia Internacional da Paz em Harare. Em anos anteriores, as mulheres foram presas ao participarem de eventos comemorativos ao Dia dos Namorados e ao Dia Internacional da Mulher. Em 2005, na data das eleições parlamentares do Zimbábue, a polícia prendeu cerca de 260 mulheres, algumas das quais com seus bebês, por participarem de uma vigília de oração após as eleições. Algumas delas foram obrigadas a deitarem-se no chão e foram surradas nas nádegas pelos policiais. As mulheres e as crianças passaram a noite detidas em um pátio aberto, vigiadas por guardas armados, e tiveram que pagar uma multa para serem soltas.
O tratamento dispensado aos integrantes da WOZA e da MOZA é uma demonstração da intolerância do governo do Zimbábue às manifestações pacíficas que expressem críticas às políticas governamentais. Ademais, tais atitudes revelam o uso mal intencionado que se faz da lei, sobretudo quando se usa simultaneamente a Lei de Segurança e Ordem Pública e a Lei sobre Delitos Diversos com o fim de sustentar prisões e detenções arbitrárias, bem como de facilitar uma série de outras violações dos direitos humanos por parte da polícia.
Saiba mais, fazendo o download de um PDF disponível no site da Anistia Internacional.
Participe! Te esperamos nesta quinta-feira, dia 15 de dezembro de 2011, às 20:30 noSantíssimo Bar & Bistrô. Av. Sarmento Leite, 888. Cidade Baixa. Porto Alegre – RS. Veja ummapa.
Há outros lugares além de Porto Alegre no Brasil, aguarde detalhes.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Pode me chamar de gay, por Fabrício Carpinejar



" Pode me chamar de gay, não está me ofendendo. Pode me chamar de gay, é um elogio. Pode me chamar de gay, apesar de ser heterossexual, não me importo de ser confundido. Ser gay me favorece, me amplia, me liberta dos condicionamentos. Não é um julgamento, é uma referência. Pode me chamar de gay, não me sinto desaforado, não me sinto incomodado, não me sinto diminuído, não me sinto constrangido.

Pode me chamar de gay, está dizendo que sou inteligente. Está dizendo que converso com ênfase. Está dizendo que sou sensível. Pode me chamar de gay. Está dizendo que me preocupo com os detalhes. Está dizendo que dou água para as samambaias. Está dizendo que me preocupo com a vaidade. Está dizendo que me preocupo com a verdade. Pode me chamar de gay. Está dizendo que guardo segredo. Está dizendo que me importo com as palavras que não foram ditas. Está dizendo que tenho senso de humor. Está dizendo que sou carente pelo futuro. Está dizendo que sei escolher as roupas.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que cuido do corpo, afino as cordas dos traços. Está dizendo que falo sobre sexo sem vergonha. Está dizendo que danço levantando os braços. Pode me chamar de gay. Está dizendo que choro sem o consolo dos lenços. Está dizendo que meus pesadelos passaram na infância. Está dizendo que dobro toalha de mesa como se fosse um pijama de seda.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou aberto e me livrei dos preconceitos. Está dizendo que posso andar de mãos dadas com os anéis. Está dizendo que assisto a um filme para me organizar no escuro. Pode me chamar de gay. Está dizendo que reinventei minha sexualidade, reinventei meus princípios, reinventei meu rosto de noite. Pode me chamar de gay. Está dizendo que não morri no ventre, na cor da íris, no castanho dos cílios. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou o melhor amigo da mulher, que aceno ao máximo no aeroporto, que chamo o táxi com grito.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que me importo com o sofrimento do outro, com a rejeição, com o medo do isolamento. Está dizendo que não tolero a omissão, a inveja, o rancor. Pode me chamar de gay. Está dizendo que vou esperar sua primeira garfada antes de comer. Está dizendo que não palito os dentes. Está dizendo que desabafo os sentimentos diante de um copo de vinho. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou generoso com as perdas, que não economizo elogios, que coleciono sapatos.

Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou educado, que sou espontâneo, que estou vivo para não me reprimir na hora de escrever. Pode me chamar de gay. Que seja bem alto.

A fragilidade do vidro nasce da força e do ímpeto do fogo."


(Fabrício Carpinejar)

sábado, 10 de dezembro de 2011

#Charge





"O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém."
(William Shakespeare)



segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Durma Medo Meu


Todo o chão se abre
No escuro, se acostuma
Às vezes a coragem é como quando a nova lua

Somos a discórdia
E o perdão
E nos esquecemos da cor que tinha o céu
Assim como a saudade
Ou uma frase perdida

Durma, Medo Meu
Durma, Medo Meu

Um não, às vezes um "não sei"
Janela, madrugada, luz tardia
E o medo nos acorda

Pára e bate o coração
Em pura disritmia
O medo amedronta o medo
Vela, madrugada, dia,
Assim como a saudade
Ou uma frase perdida

Durma, Medo Meu
Durma, Medo Meu


(O Teatro Mágico)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Pessoas Manipuláveis

A cada dia que passa, surpreendo-me com a facilidade em que muitas pessoas são manipuladas. Pessoas manipuláveis usam de uma inteligência duvidosa para justificarem os seus atos.

Os meios que mais manipulam as pessoas (certamente com a “mente fraca” e sem opinião própria) são as religiões e os meios de comunicações (principalmente televisão). Essas igrejas e várias emissoras de televisão alegam ser evangélicas ou cristãs, etc.

Eles usam o medo das pessoas como principal arma. Dizem “Deus mandou” fazer se você não fizer vai “queimar no Inferno”. Muitas pessoas por sentirem medo acabam dando ouvidos e são facilmente manipuladas por pastores, padres, etc.

A televisão utiliza muitos os telejornais, mostram reportagens sobre o que está acontecendo e no meio delas expressam suas opiniões, de um modo que não é facilmente percebido pelos telespectadores, o que acaba influenciando a mente dos que assistem.

Isso é um absurdo! Não consigo entender como essas pessoas se deixam levar por qualquer coisa que digam. Se parassem e pensassem veriam que tudo isso é completamente inaceitável e sem nenhum fundamento.

São pessoas que não tem uma opinião própria, e aceitam tudo como “verdade absoluta”. Ao fazerem isso comentem um grande erro, muitas dessas pessoas não são capazes de admitir que, não são felizes, pois para tudo tem a desculpa “Deus não se agrada”... É pecado... Vou para o Inferno... E todas as bobagens que constantemente ouvimos.

Geralmente essas pessoas estão passando por experiências muito ruins e aceitam a primeira ajuda que "garante" retorno, e acabam se tornando evangélicos fervorosos, que seguem toda a manipulação, ao jogo de palavras, e as perguntas e respostas que não abrem espaço para questionamentos. E, se o resultado vem, não atribuem à sua renovação interior e a fé em Deus, pois muitos pastores não deixam suas "fontes" saírem.

“Inversamente proporcionais são o poder que tem a manipulação através das palavras e a detenção dos instintos que nos privam da comum inteligência.”


Que Seja


“Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você. Que sejam doce os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar. Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e recadinhos bonitinhos. Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone. Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto. Que sejam doce suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelha. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão. Que seja doce. Que sejamos doce.”
(Caio F. Abreu) 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Baile Sem Máscaras.

     
        Eu tenho uns certos bloqueios sentimentais que simplesmente me impedem de demonstrar certos sentimentos, talvez seja aquela coisa de auto-preservação, mas está sempre ali.
        É como algo programado, não importa o quanto tente me expressar emocionalmente sempre há aquela sensação de receio, receio das reações, porque ser uma pessoa transparente é decididamente uma batalha.
        O fato é que as pessoas são muito cruéis, e expor algo íntimo e delicado é sempre difícil, é mostrar uma confiança quase excessiva na compreensão das pessoas, confiança esta que muitas vezes se torna fonte de muito desgosto no final., daí é que nasce aquele escudo, aquele alarmezinho que apita sempre que estamos a nos expor "demais", que diz para parar, mudar de assunto e esconder a realidade.
        É um sinal vermelho que diz para parar tudo e pôr as máscara sociais novamente, as máscaras da satisfação, ou da falta dela, as máscaras do padrão social, as máscaras estereotipada criadas por alguém que decididamente não tinha ideia do que é ser um ser humano.
         E o baile sem máscaras acaba e elas voltam para oprimir as nossas verdadeiras faces novamente.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dia Mundial de Luta Contra a Aids.



        Dia 1º de dezembro, como tem sido amplamente divulgado na internet, é o dia mundial contra de luta contra a Aids, mas exatamente o que isso significa para o povo brasileiro?
       Atualmente vem crescendo a crença estúpida de que a Aids é uma coisa do passado, que é uma coisa com a qual não se precisa mais se preocupar, é uma lástima ver que esse tipo de pensamento vem afetando toda a população (principalmente a jovem que já cresceu num país cuja doença está mais “controlada”).   Pensar que o HIV não representa mais um perigo iminente é imprudente e absurdamente ignorante, não sejamos aqueles a provarem que esta é uma crença falsa, não nos arrisquemos, usar o preservativo é muito mais simples!
          Existem também as situações dos jovens que em meio as baladas e festas se “descuidam” e acabam tendo relações sexuais sem o uso de preservativo, quando isso acontece um jovem perfeitamente saudável está se expondo há algo que o acompanhará por toda a sua vida! 
           A situação da sexualidade segura precisa ser reforçada, a ilusão de que está tudo bem vem crescendo de forma assustadora e precisa ser controlada!
           Não deixe que uma noite mude toda a sua vida de forma tão negativa. Lembre-se quando se faz sexo com uma pessoa está indiretamente exposto  a todas as pessoas com quem ela já re relacionou sexualmente.

 "Sexo seguro, ou nenhum sexo"



Veja a maneira correta de colocar a camisinha masculina: Aqui.
E a feminina: Aqui.