Sempre o mesmo cárcere, sempre a mesma inércia psíquica. Nunca um raio de sol no meio das trevas sem fim em que vivem aqueles sem esperança.
Dos males da vida o pior de todos é perder a esperança, é ver as trevas e a dor em cada canto que se olhe. E ainda pior é impor esse pré-sofrimento sem fim aos outros. É como ver a morte com a cara colada na janela, esperando.
Enquanto o tempo prossegue invariável e inabalavelmente levando consigo as alegrias não vividas, e os prazerosos momentos sufocados por essa segurança falsa contra um suposto perigo remoto.
Viver vai muito além de sobreviver. Não há viver sem memórias inesquecíveis, sem saudades de momentos eternos, sem a experiência do erro queimando nossa face envergonhada. Porque sobreviver é o que fazemos instintivamente desde que ponhamos a cara para fora do útero, mas viver é uma escolha; é escolher ver além e nunca desistir, nunca desistir de ser feliz.
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