domingo, 22 de abril de 2012

Algumas vezes o melhor é deixar fluir...



E as vezes nós conhecemos pessoas simplesmente maravilhosas, que nos fazem felizes só por estar com elas, mesmo nas situações mais inusitadas. Conhecer uma pessoa com esse nível de afinidade inicial é sempre um evento marcante e feliz, essas pessoas roubam nossos corações, nas mais diversas conotações do termo.

Mas sapatos de cristal sempre se perdem. E é aí que vemos as pessoas excepcionais que conhecemos se transformarem diante de nossos olhos.

Algumas vezes essa mudança vem da própria essência da pessoa e é duro ter de lidar com isso, mas é ainda pior quando ao invés disso vemos a pessoa mudar por influências externas. Parece até que é de propósito, de caso pensado, mas essas pessoas sempre são influenciadas por tudo que pode nos desagradar.

E algumas vezes temos de ver essas pessoas prejudicarem, ferirem, perderem a si mesmas sem poder fazer nada. Somos obrigados a ver a pessoa se transformar em algo nocivo a si próprio em silêncio, porque elas não nos escutam, não abrem os olhos para toda situação que lhes envolve.

Bem, eu queria ter uma solução, qualquer que fosse, para isso, mas eu não tenho. Algumas vezes o melhor é deixar fluir, deixar que cada um siga seu caminhos naturalmente, sendo este caminho junto ao nosso ou não. A gente sempre espera em algum nível de consciência que essa pessoa um dia enxergue o quão perdida de si própria está e volte ao eixo, mas esperanças são só esperanças, e temos de nos conformar que essa pessoa já não É mais como antes.

Perder a própria essência pode ser considerado uma morte, ainda que simbólica, e mortos não voltam. Só nos resta aceitar, ainda que nunca venhamos à entender.



quinta-feira, 19 de abril de 2012

E o tempo vai, e leva consigo a única chance de viver...


Sempre o mesmo cárcere, sempre a mesma inércia psíquica. Nunca um raio de sol no meio das trevas sem fim em que vivem aqueles sem esperança.

Dos males da vida o pior de todos é perder a esperança, é ver as trevas e a dor em cada canto que se olhe. E ainda pior é impor esse pré-sofrimento sem fim aos outros. É como ver a morte com a cara colada na janela, esperando. 

Enquanto o tempo prossegue invariável e inabalavelmente levando consigo as alegrias não vividas, e os  prazerosos momentos sufocados por essa segurança falsa contra um suposto perigo remoto.

Viver vai muito além de sobreviver. Não há viver sem memórias inesquecíveis, sem saudades de momentos eternos, sem a experiência do erro queimando nossa face envergonhada. Porque sobreviver é o que fazemos instintivamente desde que ponhamos a cara para fora do útero, mas viver é uma escolha; é escolher ver além  e nunca desistir, nunca desistir de ser feliz.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lidando com estereótipos



Todo mundo já estereotipou alguém ou algum grupo, mas ninguém gosta de ser estereotipado, por que ser estereotipado é uma merda. Simples assim. 

O estereótipo encarcera, limita, cerceia. Ele impede as pessoas de serem livres. Ser estereotipado é estar preso pelas amarras ideológicas de outra pessoa.

A maioria de nós, em determinado momento, quer se livrar dos estereótipos aos quais somos submetidos. Mas muitas vezes essas tentativas levam  a atitudes de exclusão, exclusão daquele que por natureza se adéqua ao estereótipo.

Lutar contra o estereótipo deve ser lutar pela liberdade de ser, liberdade de existir, mesmo que essa liberdade esteja retratada nos estereótipos.